segunda-feira, janeiro 8

O director-geral dos impostos

Aqui...

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Não se comprende o mistério de Paulo macedo: a cerca de meio ano do termo do seu mandato já anda numa azáfama diabólica junto dos jornais amigos para, assim, volatilizar a opinião e conduzi-la a seu favor com o fito de pressionar e direccionar o governo. Não se percebe!!! Seria, mau grado a comparação, como se uma mulher grávida de 3 meses passasse os dias a correr para o hospital sob pretexto do seu parto eminente. Aqui também há algo que nos faz supôr que a bota não bate com a perdigota, como diria a minha querida avózinha, aliás, todas elas o diziam...
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E aqui (...)
Mas a questão da eventual recondução não deve ser vista apenas à luz dos resultados ou do vencimento (contra o qual não me oporia se não tivesse muitas dúvidas quanto à honestidade da declaração com base na qual foi calculado). Se o ministro perguntar ao BES se quer colocar um dos bons gestores desse banco à frente da DGCI, mas com a condição de trabalhar gratuitamente não tenho a menor dúvida de que aquele banco, como qualquer outro, faria esse “favor” ao Estado. Ao menos assim temos a certeza de que o dr. Macedo é pago pelo Estado e não pelo Millennium. A questão é que o dr. Macedo é empregado de uma entidade com numerosos incidentes fiscais, que está sob suspeita no âmbito a operação furacão e que nos últimos anos evitou pagar muitos milhões de euros graças a truques manhosos que ultrapassam em muito o conceito de planeamento fiscal agressivo. A título de exemplo, o caso do reembolso de mais de 20 milhões de IVA foi conseguido à custa de um truque que roça o criminoso. A questão é que a Administração Pública deve ser independente, não seria aceitável que o representante de um fabricante de armas fosse o dg do abastecimento do ministério da Defesa, que um empregado de um laboratório seja o presidente do INFARMED, da mesma forma que não é aceitável que um quadro de um banco cuja rentabilidade depende em primeira linha dos impostos a que se consegue escapar seja director-geral dos Impostos. A questão não é um problema de avaliação, é uma questão de princípios. Não é aceitável que o d. Macedo manipule os números e use a comunicação social onde, através das influências a que tem acesso para forçar o Governo a fazer o que ele pretende, e isso é gravíssimo sendo ele um quadro de um banco, uma parte interessada na gestão do fisco. Se o dr. Macedo nada tem a ganhar sendo dg dos Impostos porque luta tanto pelo lugar? Eu quero querer que é pura filantropia."