terça-feira, maio 29

Pink Floyd


GREAT GIG IN THE SKY - By Pink Floyd


O dia do vizinho.

Soubemos que a Helena Christensen e a Cindy estão fartas de viver onde vivem, pretendem agora mudar-se para Lisboa e cumprir, assim, o Dia Internacional do vizinho. Desde que se inventou a agricultura - o Homem passou a fixar-se, lá estava o vizinho; depois vieram as aldeias e as cidades - e os vizinhos apareceram em força. (..)

in Macroscópio.

sexta-feira, maio 25

A teoria do filho da p***




A loucura da anormalidade: a teoria do "filho da puta"


Todos nós sabemos que vivemos hoje tempos tão difíceis quanto estranhos, perigosos e anormais. Parece que nada bate certo naquilo que vamos vendo e ouvindo dentro e fora dos écrans da caixa negra, nas avenidas, praças e ruas por onde passamos - como zombies - nesta passagem breve pela vida.

Homens feitos raptam crianças para terem com elas relações sexuais perversas; um professor e ex-deputado do Psd chama "filho da puta" ao PM, Socas - que logo encontra uma zeladora de serviço que lhe protege a imagem e lustra o emergente culto da personalidade à boa maneira estalinista, embora com o verniz da democracia; a menina Madeleine desapareceu mas a sua busca envolve recursos em expertise, dinheiro, logística e nível de mediatização da comunidade internacional como nunca gozaram todas as crianças desaparecidas em Portugal nestes últimos 30 anos; MMendes parece que quer ser PM, Marcelo ainda alimenta o seu sonho a candidatar-se a Belém - talvez por isso não voltou a dar novo mergulho no rio Tejo para se abalançar a Lisboa nesta fase crítica para a Capital, como devia se tivesse sentido de missão e do dever público. Mesmo que fosse para perder..Nós cá estaríamos para aplaudir. O que seria previsível, porqu eMarcelo sempre que entra na política activa é para perder; quando faz análise conspira. Mas hoje são cada vez menos as pessoas que lhe dão crédito..

Em todas estas situações, muito díspares entre si, parece haver um traço comum: a anormalidade. Parece até que não valerá a pena falar nos princípios, na educação, na razão, na justiça, na liberdade, no common sense... Em vez disso parece que o mundo se inverteu, e de pernas para o ar - este mundinho só vomita: é Marcelo a dizer que Seara em Lisboa ganharia as eleições (pior anormalidade do que esta, só mesmo Marcelo ser PR..); é o mundo mediático, do dinheiro e da investigação a perseguir o invisível para recuperar a menina Madeleine quando em relação às crianças portuguesas não mexeu uma palha; é um tipo a chamar nomes à mãe dum político cometendo o grave erro de pensar em voz alta aquilo que os 10 milhões de tugas pensam em voz baixa da classe política em geral e por aí fora, os exemplos poderiam multiplicar-se por várias matizes.

Mas isto assim pouco ou nenhum sentido faz, pois deverá haver uma lógica subjacente a tudo isto. Uma razão dinamizadora para tanta anormalidade pessoal, política, social, etc - que ajude a explicar toda esta miséria, dor e loucura.

Até parece tratar-se duma conspiração da economia do lucro só para nos tramar: no caso de Madeleine os media vendem hoje mais jornais do que nunca; os jornalistas não perdem os seus empregos porque passam o tempo a reportar o óbvio; alguns injuriadores que chamam filho da p... ao PM parece até que estão feitos com S. Bento, pois assim o PM continua nas bocas do mundo e com elevados índices de popularidade nas sondagens, e a situação económica do País não é devidamente escalpelizada, como seria natural caso vivêssemos num mundo normal. Mas, de facto, não vivemos.

Dantes havia uma classe média, um mercado previsível, os políticos cumpriam os mandatos até ao fim - apesar de se tratarem por "filhos da p...", havia segurança, estabilidade e a natalidade era senão crescente - pelo menos fluía a ritmos constantes. Hoje, apesar do mundo post-industrializado e digitalizado que vivemos - não há nem segurança, nem emprego, nem riqueza por distribuir. Parece que a única coisa que sobra são mesmo os "filhos da puta": os das empresas que não produzem nem se tornam competitivos, os do fisco que cobram imensos impostos para as vantagens que o Estado oferece aos agentes económicos, aos media que nos enchem com notícias gratuitas e estapafúrdias num péssimo português e o mais.

Parece que o capitalismo de casino que temos não passa duma barriga de aluger flácida do post-Guerra Fria que hoje apenas serve para parir anormalidades e nos convencer de que isso é que é bom. E é este o mundo que temos, o mundo filho da puta. E por falar neles, os partidos políticos são cada vez mais obscuros, distantes e corruptos; o sector público uma obsolescência; o empresariado ainda aguarda pelo subsídio e empurrão do Estado; a classe média está a brasileirar-se e o Portugal contemporâneo tende a implodir aos solavancos.

Também aqui se encontra um traço comum: que parece ser a tal conspiração da economia de casino que alastra os seus tentáculos só para nos corroer e minar a confiança na sociedade. Ou seja, todas essas mutações alarves nos empurram para situações absurdas, uma espécie de darwinismo económico e social que faz com que uma simples directora de serviços zele pela imagem do PM porque alguém lhe chamou filho da p...; o mundo inteiro se mobilize porque desapareceu uma criança inglesa no "Allgarve" - porque se fosse uma criança portuguesa no Algarve era a GNR quem tratava da ocorrência de tacões e de cerveja na mão. Agora é que dava mesmo vontade de dizer um grande palavrão.. Daqueles muito grandes que não cabem aqui...Por isso, não digo.

Perante tanta anormalidade convenço-me de que o melhor é esquecermos que um dia fomos normais e vivemos num mundo normal. Hoje parece que só os sonhos e pesadelos são normais, porque quando se acorda e se vê a realidade percebemos bem o mundo "filho da puta" em que vivemos, completamente invertido.

E se assim é, aquele parto na imagem supra também passa a ser normal, quer dizer, anormal - porque isto é que passou agora à condição de normalidade neste Portugal dos caninos...

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Sobre a Persiganga política vale a pena também meditar nisto, aqui

Fotomontagem cm Margarida Moreira, directora regional de Educação do Norte, ordenou a abertura de um processo disciplinar a Fernando Charrua, o professor, ex-deputado do PSD e marido da vereadora da Educação da Câmara do Porto, Matilde Alves, por ter feito comentários insultuosos sobre José Sócrates e a sua licenciatura. Não satisfeita, accionou um inquérito no Ministério Público ao encaminhar o auto da denúncia que recebeu. A atitude desencadeou acesas críticas na opinião pública...(...)


Obs: Este up-grade do caso Uni-connection faz-nos pensar a todos como é que alguns funcionários públicos utilizam o seu tempo de expediente: a lixarem-se uns aos outros. Pergunto-me se não seria melhor à srª dona Marrgarrida inscrever-se em Yoga ou, em alternativa, no Full-contact, ou então ir alí para o aquário Vasco Gama no Parque das Nações fazer pesca submarina junto aos tubarões.. (...)

quinta-feira, abril 19

O Sr. "Silva". Atenção, este não é o Silva de Alberto da Madeira...


Imagem JUMENTO


O Sr. Silva perseguia pretos no Bairro Alto e matava-os à bastonada e ao biqueiro com bota da tropa cardada e biqueira d'aço, fazia segurança privada na Kapitallia e no Luxus-gay, era tatuado nas costas, nos braços e na nádega esquerda, também era gay, usava todo o género de armas (desde bastões a alfinetes, mas os seus dispositivos preferidos eram os vibradores que utilizava regularmente). Era muito violento, sobretudo em bando - isolado era um cobardolas, fazia a saudação nazi logo pela manhã e acreditava na pureza raça ariana. Depois este skinhead deixou crescer o cabelo e a sua vida mudou. Agora só lhe falta comprar o pente. Hoje, como alí se diz, ganha 500 euros e é muito feliz...

quarta-feira, abril 18

Mendes a Reitor da un i

(...)Mas o facto é que, segundo consta nos mantideros da Assembleia da República, MMendes já tinha preparado mais um daqueles discursos fúnebres de reacção às tais "declarações bombásticas" proferidas por uma dama que os 10 milhões de tugas desconhecem. É chato isto, pois Mendes já colara a cuspo 10 vezes a expressão - falta de carácter - ao PM, e agora terá de esperar até amanhã às 18h. para mais uns minutinhos de fama e glória neste Portugal que mexe e remexe na m**** na esperança de que daqui resulte um Portugal de futuro. Por este andar Mendes ainda acaba em Reitor da uni...(...)

terça-feira, abril 17

Os despedimentos no DN são tão graves quanto absurdos


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Espanto!!! Abro a porta do DN on line no fim-de-semana para ler pessoas do calibre do Francisco Sarsfield Cabral, do prof. António Costa Pinto ou até do Pre. Anselmo Borges. Tudo pessoas de grande qualidade intelectual e profissional. Pois bem, segurem-se ao corrimão e coloquem o capacete: foram despedidos do DN. Gostava de conhecer os fundamentos desta decisão, sob pena de alegar aquilo que o Jumento referiu: ler aquelas colunas de opinião é pior do que ler as páginas amarelas em busca do enredo. Por este andar, qualquer dia também despedem o António Vitorino, e depois ficam a escrever cartas com o porteiro... [..]

domingo, abril 15

O Macroscópio diz que estamos doentes


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Hoje coloca-se um outro problema a Portugal que está a ser explorado pelos media e pela oposição até às últimas consequências. Como se de facínoras se tratassem, sangue-sugas que parasitam tudo e mais alguma coisa: os media porque querem vender papel e publicidade para encher os bolsos aos "balsemões" que andam por aí, a miserável oposição porque quer remover Socas do poder a todo o custo. E o cds de PPortas ainda nem entrou em jogo (ocupado que está com a sua mini-guerra civil no Largo do Caldas), mas quando entrar os rombos ainda serão maiores, posto que a grande capacidade de PPortas é essa mesma: fazer intriga junto da oposição e explorar isso em termos de sound bytes junto dos media em que é expert.


No fundo, é um regresso ao passado mas já sem Independente. Tem agora a sic de balsemão para vender as suas pataculadas de notas pimba num cenário e stúdio bem cafona. Não sei se foi o arq. Tomás Taveira que decorou aquilo, mas se foi ele deveria estar a fazer outra coisa - ou a pensar nas amoras das Amoreiras ... - enquanto rematava o design da coisa ao cuidado de Balsemão.



Hoje Portugal vive um problema e uma histeria idêntica: à falta de melhor causa e desígnio nacional deixamo-nos afundar no lodo e embarcamos todos nesta porcaria da Uni-connection, que não valoriza a economia, a sociedade e o Estado. Antes pelo contrário, só penaliza a nossa imagem externa. É que nem a oposição ganha um "chavo" com estas campanhas negativas, como na 6ªfeira nas páginas do DN AV lhe chamou (ver link)



Qual é o investidor estrangeiro que pensa investir em Portugal sabendo que o País anda há um mês a discutir as habilitações académica do PM? O que pensará a própria comunidade internacional do povo português? Bem não é, certamente...



Isto seria engraçado se não fosse caricato e ridículo, mas infelizmente isto rouba as energias do poder (e da oposição) - pelo que desconcentra - dispersando as mentes na identificação das melhores política públicas para debelar os problemas dos portugueses.



Como cidadão português que ama Portugal, e acredito que todos os portugueses de bem pensem assim, fico preocupado com esta histeria colectiva persecutória de tipo pidesco ao PM só porque ele é poder. Se fosse um simples deputado amanhã nenhuma direcção de informação pegaria no assunto. Por aqui se vê a má fé da mediacracia vigente, de alguns analistas avençados e de alguns patrões da informação, já para não falar desse anão político em que se metamorfoseou MMendes do PsD - reduzindo o score eleitoral deste partido com vocação de poder quase ao nível do partido do táxi de Portas do Caldas.



Sejamos sérios: qualquer analista independente que de fora para dentro interprete hoje Portugal só pode concluir que somos um povo doente, temos directores de informação maníaco-depressivos, uma oposição miserável, um empresariado tão mesquinho quanto vingativo. E o simples povo que já andava alucinado pelos impostos que pagava ainda ficou mais doente com toda esta depressão.



Somos hoje um país em desordem emocional, perturbado socialmente, ainda por cima, para agravar as coisas, temos à frente da Europa um sujeito que em vez de planificar um modelo duma Europa sadia e desenvolvimentista, liderante no tabuleiro de poderes mundial, é autor do maior declínio civilizacional que a Europa experimenta destes últimos 50 anos. Mas Jaime gama pensa que não, por isso endossa públicamente o seu apoio a Barroso no própio Parlamento que fujão abandonou há três anos com o País a arder entregue a SLopes. Lindo!!!




quinta-feira, abril 12

O Psicodrama da Uni-connection à lupa do Macroscópio.


Foto Macro


A responsabilidade do analista não pode ser adivinhar o futuro, mas deve ser a selecção de alguns factos utilizáveis na produção de interpretações de futuros possíveis. Por isso, não é de estranhar que quando o analista identifica o campo de futuros possíveis, tem de recorrer à ironia retrospectiva, ao olharmos para o que pode ser o futuro somos obrigados a ver o passado no “espelho retrovisor” da história, embora num prisma novo.



Deste psicodrama (de J. Moreno, explorando a verdade por dramatismos) consta uma pentarquia de factores: 1) um actor/paciente (o engº Sócrates); 2) a cena (crise política nacional e a encandaleira da Uni); 3) os directores da campanha (a oposição na sombra e alguma mediacracia (especialmente Público, Expresso e Sic de Balsemão/MMendes); 4) o corpo de auxiliares (ministros-figurantes e assessores incompetentes); 5) e o público que paga com impostos esta miserável sociedade do espectáculo (Guy Débord). É isto que se tem passado em Portugal nos últimos 20 dias. Para gaúdio dos países do Corno d' África que assim se sentem menos diminuídos comparando-se com Portugal. (...)


In Macroscópio